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Firmino sobre retomada: "œSó vamos reabrir quando tivermos condições"

O prefeito da capital considera irresponsável se falar em abertura da economia agora

09/06/2020 14:23

O prefeito de Teresina admitiu um “desentendimento” com relação aos critérios adotados pelo Governo para autorizar a retomada da economia. Ontem (08), o governador Wellington Dias (PT) apresentou um Protocolo de Retomada Organizada (PRO) das atividades econômicas do Piauí para o período pós-pico da pandemia de coronavírus. O plano prevê a reabertura gradual e segura começando por três setores não essenciais: consultórios clínicos, construção civil e setor automobilístico.


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Em Teresina, no entanto, as regras do isolamento permanecem em vigor. Hoje (09), o prefeito Firmino Filho (PSDB) admitiu haver divergências quanto ao entendimento com o governo do Piauí sobre essa reabertura gradual do comércio. É que para o chefe do Executivo Municipal, Teresina ainda não chegou no momento de flexibilizar sua quarentena e nem de retomar as atividades não-essenciais porque a covid-19, nas palavras do prefeito, ainda “não está dominada”.

Firmino considera irresponsável se falar em abertura da economia agora. “A gente não tem condição de abrir. É apagar fogo com gasolina e da nossa parte, isso se constitui como irresponsabilidade. Os indicadores mostram a quantidade crescente de casos. Existe divergência [com o Governo], porque, com esses dados, a gente acha que não é hora de flexibilizar nenhum setor”, frisou o prefeito.

Firmino destacou que os decretos de quarenta e isolamento social permanecem em vigor em Teresina e que a capital só irá falar em retomar suas atividades “quando tivermos as condições técnicas para isso”. A revisão global das normas de fechamento das atividades não-essenciais só poderá ser feita, conforme o prefeito, se Teresina atender a seis pontos principais.

São eles: ter um R0 menos ou igual a 1. Ter decréscimo nos casos de covid-19; ter decréscimo nos óbitos por covid-19; ter decréscimo na hospitalização por covid-19; ter pelo menos 30% dos leitos de enfermaria disponíveis; ter pelo menos 30% dos leitos de UTI disponíveis; ter capacidade de testar e rastrear a doença a contento. 

Isso ainda não aconteceu em Teresina, segundo ele pontuou: “osso entendimento é esse: de que nenhum setor, seja ele qual for, pode ser reaberto sem que se conheça um caminho seguro para isso”, finalizou o prefeito.

Por: Maria Clara Estrêla
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